O
REFLORESTAMENTO NA CAATINGA NORDESTINA
A Caatinga
abrange cerca de 800.000 km², aproximadamente 10% do território
nacional, constituído praticamente pelos os estados do Piauí, Maranhão,
Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia
e parte do norte de Minas Gerais.
A vegetação da Caatinga é
bastante diversa, com regiões diferentes, isso acontecem devido à
pluviometria, fertilidade e o tipo de solos e relevo. Existe uma divisão
da caatinga entre o agreste e o sertão. O agreste é uma faixa de
transição entre a Mata Atlântica e o interior seco, e o sertão possui
vegetação mais rústica.
Muitas pessoas acreditam que a caatinga é
um bioma pobre, pois o clima é árido e com pouca presença de vegetação.
Porém, a caatinga é rica em espécies animais e vegetais, muitas delas
endêmicas. Este bioma brasileiro possui importante biodiversidade e deve
ser preservado e valorizado.
Na fauna da Caatinga foram
identificadas 44 espécies de répteis, 695 de aves, 17 de anfíbios, e 120
de mamíferos, num total de 876 espécies de animais vertebrados. Apesar
da baixa densidade de indivíduos e espécies endêmicas.
A catinga
está presente na interior do Nordeste brasileiro, principalmente na
região do semiárido.
Assim como outros biomas brasileiros, a
caatinga vem sofrendo com o desmatamento e outras ações predatórias
(caça e ocupação humana desordenada). A criação de gado extensivo, por
exemplo, é um dos principais problemas da atualidade. Se não houver
preservação da caatinga, poderemos ter a extinção de diversas espécies
animais e vegetais típicos deste bioma. Outro problema ambiental, que já
está ocorrendo em função do desmatamento, é o aumento da desertificação
na caatinga.
Existem diversos tipos de plantas de origem da
caatinga nordestina. Queremos destacar algumas mais importantes onde
faremos um reflorestamento das seguintes árvores nativas da região bem
como:
AS PRINCIPAÍS PLANTAS DA CAATINGA:
Aroeira, Angico, Juazeiro, Caroá, Xique-xique, Mandacaru, Palma,
Catingueira, Jurema, Carnaúba, Malva Branca, Jitirana, Aveloz,
Morfumbos, Pinhões, Oiticica, Algarobas, Umburanas, Marmeleiros,
Maracujá do mato.
PLANO DE RESTAURAÇÃO, PROTEÇÃO E CONSERVAÇÃO
DA CAATINGA NORDESTINA
O projeto Oásis no Sertão vem demonstrar que através de tecnologias
aplicáveis é possível fazer a restauração e processo de reversão da
flora da caatinga nordestina através de um reflorestamento de diversos
tipos de plantas nativas. Temos uma boa área de proteção ambiental
voltada para a reserva renovável. Queremos fazer um impacto ambiental
positivo, revertendo toda ação negativa transformando de forma positiva.
A natureza e muito complexa e tem o poder de regeneração bastante
rápida de acordo com a modificação as mudanças provocadas pelo o homem
ou pelo o ambiente. Vamos trabalhar em harmonia com o ecossistema,
produzindo o agronegócio sustentável sem poluentes. Objetivamos
harmonizar de maneira prática e objetiva o homem, animais e o meio
ambiente.
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ALGUNS TIPOS
DE PLANTAS IMPORTANTES USADAS NO REFLORESTAMENTO
O CAJUEIRO
Como o nome sugere, essa é a árvore que produz o caju,
fruta que tem a cara e o sabor do Nordeste. A planta tem médio porte e
pode atingir 15 metros de altura. O seu tronco é retorcido e as folhas
são ovais. A árvore é encontrada, especialmente, nas florestas tropicais
litorâneas. Vale ressaltar que o maior cajueiro do mundo está localizado
no município de Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Seus frutos têm
grandes utilidades. Possui dimensões importantes para abrigo é
sobrevivência de muitas aves e animais. Seus frutos riquíssimos em
vários nutrientes contribuem para o bem os animais.
UMBUZEIRO
O umbuzeiro é uma planta muito famosa no
Nordeste e pode ser encontrada em grande quantidade no Ceará. Ele
adapta-se bem em regiões mais secas, pois armazena água internamente,
resistindo assim a longos períodos de estiagem. O fruto do umbuzeiro, o
umbú, é muito valorizado na culinária da região. No entanto, ele só é
comercializado de janeiro a abril, durante a época de chuva. Sua
primeira safra tem um período de 8 a 10 anos. Riquíssimos em vitaminas e
muitos ouros nutrientes são dignos de estudo cientifico pelas suas
propriedades benéficas a saúde.
A CAJAZEIRA
Planta da família das Anacardiaceae,
também conhecida como taperebazeiro, macucu, cajá, cajazeira,
cajá-mirim, cajamanga, cajá-manga, taperebá, tamacoaré,
tamaquaré-serrado, cajazeiro tapiribá, acaiamiri, acaíba, cajá-pequeno,
cajá-miúdo.
A Cajazeira é uma árvore grande e muito frondosa, de
caule reto, até 25 m de altura, casca quase sempre brancacenta ou
acinzentada, espessa e muito fendida; suas folhas são impar ninadas,
grandes, alternas e compostas de 5 a 9 pares de folíolos opostos,
oblongo elípticos, agudos ou obtusos, grandes, suas flores são
perfumadas, hermafroditas, dispostas em grandes panículas terminais; seu
fruto é drupa de 44 mm de diâmetro, sua cor é amarelo alaranjada, e sua
polpa é resinosa, ácida, muito perfumada, comestível e saudável.
É planta medicinal também, pois sua casca perfumada é emética e
adstringente, constituindo um ótimo vomitório nos casos de febres
biliosas e palustres; é também antidiarreica, antidisentérica,
antiblenorrágica e hemorroidária, sendo que a sua raiz também é
hemorroidária.
Do seu fruto fazem-se compotas, geleias e vários
tipos de doce. Seu suco é febrífugo, servindo também para fazer
sorvetes. Faz-se também com sua polpa um vinho para a cura das uretrites
e das cistites. Os caroços são aproveitados para a menstruação das
mulheres.
Parte utilizada: Folhas, flores, raízes, frutos.
Princípios Ativos: Vitaminas A e C, cálcio, ferro, fósforo,
carboidratos, substância tanóide.
Propriedades medicinais:
Anti-inflamatório, anti-hemorroidal, antiblenorrágica, antidiarreica,
antileucorréica, antimicrobiana, antiviral, diurética, estomáquica,
febrífuga, tônico cardíaco.
Indicações: Conjuntivites, diarreia,
disenteria, erisipela, hematoma, hemorroida, inflamação dos olhos,
retenção de urina, tônico cardíaco, vômitos espasmódicos.
Planta
excelente para abrigo dos animais e refrigeração do ambiente. Adapta-se
com facilidade as condições do clima da caatinga.
REFLORESTAMENTO ATRAVÉS
DA MANGUEIRA
A manga é uma
fruta cuja origem é a região sul da Ásia. Por ser uma fruta tipicamente
tropical, foi introduzida pelos portugueses no período colonial, no Brasil com
muito sucesso.
A árvore que produz a manga é chamada de mangueira.
A casca da manga é lisa, sendo que a cor varia entre os tons de vermelho,
laranja e amarelo.
Quando madura, a manga exala um cheiro adocicado.
Sua polpa é suculenta (boa quantidade de água), doce e saborosa, podendo ser
fibrosa ou lisa dependendo da espécie. Possui apenas um caroço de tamanho
grande.
É uma fruta que apresenta baixa quantidade de calorias.
A manga é rica em minerais e vitaminas C, B5, A e antioxidantes. Possui também
uma boa quantidade de ferro, magnésio e potássio.
É consumida ao natural
e também na produção de sucos, sorvetes e doces.
As variedades de manga
mais comuns no Brasil são: Haden, Tommy, Kent, Keitt, Atkins e Palmer.
Além disto, a fruta tem muitas propriedades benéficas para saúde, tais como:
Ajuda a purificar o sangue, diurético, combate a bronquite, tem efeito
expectorante e combate a acidez estomacal.
No Nordeste, a manga é
cultivada em todos os estados, em particular nas áreas irrigadas da região
semiárida, que apresentam excelentes condições para o desenvolvimento da cultura
e obtenção de elevada produtividade e qualidade de frutos. Em 2007 o Brasil
representava o 7º lugar no ranking de maiores produtores de manga do mundo, cuja
Índia representava o 1º lugar.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Reino:
Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Gênero: Mangifera